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25/08/2022

A história do Brasil foi marcada pela colonização e o regime escravocrata, que se fez presente por mais de 300 anos e deixou de herança para nossa sociedade uma estrutura racista que impacta diretamente nas oportunidades voltadas para a população negra.

As desigualdades advindas do racismo, têm início nas oportunidades de ensino, que no futuro irão impactar as oportunidades de emprego para os que não tiveram as mesmas oportunidades educacionais.

Ao falarmos dos impactos no ensino, é importante frisar que eles vão além do baixo índice de negros que frequentam as escolas, há também a ausência de profissionais negros nesses ambientes, o que reforça no imaginário do aluno negro que ali não é o seu lugar.

Um levantamento da ONG SOS Racismo aponta que atos racistas no ambiente escolar representam 70% do total de casos. “Ser uma pedagoga negra é ser referência para crianças pretas, coisa que nunca tive durante a minha infância. Mas, se eu tivesse seria muito importante para eu não me sentir sozinha na sala de aula, já que crianças podem sim serem racistas com os colegas, por conta da criação, e isso faz da escola o primeiro ambiente em que crianças sentem o gosto amargo do racismo”, explica a pedagoga Priscila Coelho.

Em uma das frases do educador e filósofo Paulo Freire, ele diz que “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, dada a importância da representatividade, que é um assunto que vem sendo pauta de muitos debates nos últimos tempos. Mas ainda assim o baixo número de professores negros é notável, não há dados que indiquem a porcentagem de pedagogos negros, mas uma pesquisa realizada pelo MEC, aponta que no país existem apenas 65.249 professores negros atuando em universidades brasileiras, número que representa 30,5% do total de docentes no Ensino Superior do Brasil, que tem o total de 214.224 professores.

Mas mesmo com as dificuldades do sistema de ensino brasileiro e com a ausência de colegas de profissão que compartilham dos mesmos pensamentos devido às vivências advindas da cor da pele, alguns professores não desistem, e para driblar o racismo vão além do currículo escolar em classe. “Nas minhas aulas, sempre procuro um espaço para fazer com que alunos negros sintam-se acolhidos e representados, busco ensiná-los com exemplos de vida de pessoas negras, sempre tecendo um mundo lúdico a eles, faço isso para que o racismo estrutural seja combatido, pois ele reflete no desenvolvimento escolar e na autoestima das crianças negras”, explica Priscila.

A esperança de um futuro com mais igualdade, deve nascer dos estudos, e para que seja possível alcançar um mundo mais igualitário em oportunidades educacionais e de empregos, é necessário que a educação seja incentivada desde a infância, e que crianças negras se sintam representadas. Para isso, no ano de 2003, foi sancionada a Lei 10.639/03, que inclui o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira no currículo escolar. “Trabalhar questões raciais, é plantar sementes para o futuro”, finaliza a pedagoga.

 

 

Sou Lethycia, nascida em São João da Boa Vista, (que tem o por do sol mais lindo que ja vi na vida) e atualmente morando “sozinha” pela primeira vez em Poços de Caldas (a melhor cidade vulcânica do interior de minas), to pertinho de casa, mas ja me sinto grande. Sempre lutei muito pela minha independência, a meta é ser a velha da minha lancha, e estou lutando pra isso todos os dias, seja no meu emprego CLT ou nos meus inúmeros freelas. Acredito muito que mulheres conseguem realizar todos os seus sonhos, principalmente no ambiente institucional, então estou sempre estudando para que isso aconteça, não consigo me sentir acomodada, talvez isso aconteça devido ao racismo, que faz com que pessoas negras tenham que se esforçar o dobro para alcançar seus sonhos, principalmente no mercado de trabalho, ja que nossas oportunidades são menores, independente do diploma, ser uma mulher negra, criada por mulheres negras me fez criar uma casca dura, eu luto mesmo, e por isso nao paro, sou mulher, negra e homossexual no Brasil de Bolsonaro, sou guerreira.

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