06/10/2022
A Constituição Federal de 1988 determina, no Art. 3, inciso XLI, que “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”; e no Art. 5º, inciso XLI, que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. De acordo com a Constituição, o racismo é um crime, mesmo que no Brasil não seja levado tão a sério.
Quando pensamos no ambiente de trabalho, todos, independente de cor, raça, gênero ou religião temos direitos e deveres, mas ainda assim diariamente nos deparamos com casos de racismo.
Apesar de todos os dias nos depararmos nas redes sociais com influencers e portais de notícia denunciando casos de racismo, e de existir uma Lei na qual conclui que o discriminação é crime, existe também a Convenção 111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) define discriminação como “toda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social, que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidade ou de tratamento em matéria de emprego ou profissão” ou, ainda, “qualquer outra distinção, exclusão ou preferência que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades ou tratamento em matéria de emprego ou profissão.
É importante frisar, que as discriminações raciais no ambiente de trabalho não acontecem apenas entre colegas de trabalho, por meio de comentários e exclusão. A discriminação racial existe quando não há negros em cargos de liderança, quando negros ganham menos, quando vemos pessoas pretas apenas em funções de base, como limpeza, portaria, copa e ou em relações informais.
Dados de uma pesquisa realizada pela Coordenadoria de Estatística e Pesquisa do Tribunal Superior do Trabalho, aponta que no Brasil há mais 49,2 mil processos voltados à discriminação no ambiente de trabalho por ano.
É fato que não se descontrói o racismo, que está há anos enraizado na sociedade, do dia para noite, por tanto, para isso é preciso trabalhar a comunicação antiracista durante o ano todo, não apenas no mês da consciência negra, esse é o papel de empresas de buscam diversidade, ir além das oportunidades de entrada no mercado de trabalho, “educar” os colaboradores, para aprenderem a conviver com as diferenças, por menores que sejam, para depois contratar profissionais negros. Primeiro estruturar a casa, depois vender a empresa como diversa, para que os novos colaboradores se sintam em casa e sejam acolhidos.
Sou Lethycia, nascida em São João da Boa Vista, (que tem o por do sol mais lindo que ja vi na vida) e atualmente morando “sozinha” pela primeira vez em Poços de Caldas (a melhor cidade vulcânica do interior de minas), to pertinho de casa, mas ja me sinto grande. Sempre lutei muito pela minha independência, a meta é ser a velha da minha lancha, e estou lutando pra isso todos os dias, seja no meu emprego CLT ou nos meus inúmeros freelas. Acredito muito que mulheres conseguem realizar todos os seus sonhos, principalmente no ambiente institucional, então estou sempre estudando para que isso aconteça, não consigo me sentir acomodada, talvez isso aconteça devido ao racismo, que faz com que pessoas negras tenham que se esforçar o dobro para alcançar seus sonhos, principalmente no mercado de trabalho, ja que nossas oportunidades são menores, independente do diploma, ser uma mulher negra, criada por mulheres negras me fez criar uma casca dura, eu luto mesmo, e por isso nao paro, sou mulher, negra e homossexual no Brasil de Bolsonaro, sou guerreira.